9 de dez. de 2010

Tem que mexer o esqueleto!



Olá leitores queridos,


O post de hoje conterá informações sobre a relação dos exercícios físicos com a hipertensão.

O gosto pela prática de atividades físicas é bem variado. Algumas pessoas adoram ficar horas na academia participando de corridas e jogos esportivos, enquanto outras não suportam a idéia de levantar o bumbum da cadeira nem para fazer uma bela caminhada no parque. “Estima-se que a prevalência do sedentarismo seja de até 56% nas mulheres e 37% nos homens na população urbana brasileira”.

No entanto, poucos se atentam para os fatos de que a freqüência de doenças cardiovasculares diversas vêm aumentando na população mundial e de que atividades físicas são capazes de melhorar, e muito, a qualidade de vida.
Pesquisas indicam que 25% da população brasileira com mais de 20 anos seja hipertensa. Esse número torna-se alarmante quando analisamos que o IMC e o diâmetro da circunferência abdominal são responsáveis por 48% e 73% da fração de hipertensos para homens e entre 41% e 64% para mulheres.
Acontece que os exercícios físicos, além de serem os responsáveis por uma queda do IMC e conseqüente diminuição da circunferência abdominal, também são capazes de melhorar os processos fisiológicos e metabólicos que regulam a distribuição de oxigênio pelos tecidos em atividade. O que se observa é que “durante um período de exercício, o corpo humano sofre adaptações cardiovasculares e respiratórias a fim de atender às demandas aumentadas dos músculos ativos e, à medida que essas adaptações são repetidas, ocorrem modificações nesses músculos, permitindo que o organismo melhore o seu desempenho.” Algumas das modificações que melhoram as condições cardíacas observadas no organismo são: manutenção da quantidade ideal de óxido nítrico no organismo (como foi explicado no post anterior), promoção do aumento do metabolismo basal, conhecido como metabolismo de repouso e “que é responsável por 60% a 70% do gasto energético total, contribuindo para a perda de peso e diminuição do risco de desenvolver diabetes, hipertensão, e outras doenças”, aumento do volume de ejeção e diminuição da freqüência cardíaca de repouso, “decorrente de uma redução do tônus simpático e um aumento do tônus parassimpático, resultando em uma dilatação arteríola e venodilatação” e “contribuindo para uma queda da pressão arterial sistêmica melhorando a eficácia do sistema circulatório”.
Mas não fiquem pensando que qualquer exercício físico é capaz de melhorar o funcionamento cardíaco. Existem dois tipos principais de atividades físicas, os exercícios aeróbicos e os exercícios anaeróbicos. Os exercícios aeróbicos são aqueles que utilizam o oxigênio como fonte de queima de substrato para produzir energia e    costumam ser de longa duração, contínuos e de baixa e moderada intensidade. São exemplos de exercícios aeróbios: caminhar, correr, andar, pedalar, nadar e dançar. Já os exercícios anaeróbicos utilizam uma forma de energia que independe do oxigênio, por isso o uso desse termo. Normalmente são exercícios de alta intensidade e curta duração. Como exemplos temos: corrida de cem metros rasos, saltos, arremesso de peso e musculação.
Atualmente as pesquisas mostram que o mais recomendado para os hipertensos são atividades aeróbicas, pois são mais eficientes metabolicamente e têm uma intensidade menor logo acabam sendo mais fáceis e prazerosas.
Portanto, os exercícios físicos são excelentes atividades de socialização, fazem muito bem para o organismo e podem ser vantajosos economicamente já que um  hipertenso pode diminuir sua dose de fármacos anti-hipertensivos.

Se você não pratica atividade física, essa é a hora de mudar a sua vida e melhorar sua saúde. Levante da frente do computador e procure algum exercício físico para fazer!



Postado por Natacha Amorim
Referências bibliográficas

http://www.efdeportes.com/efd93/diabetes.htm

SARNO, Flávio  e  MONTEIRO, Carlos Augusto. Importância relativa do Índice de Massa Corporal e da circunferência abdominal na predição da hipertensão arterial. Rev. Saúde Pública [online]. 2007, vol.41, n.5, pp. 788-796. ISSN 0034-8910.  doi: 10.1590/S0034-89102007000500013.
www.scielo.br/pdf/rbme/v10n6/a08v10n6.pdf

BIBLIOTECA DA SAUDE. Exercícios, boa forma e saúde. São Paulo: Circulo do Livro, Vol. 1. 1996.

MAUGHAN R., GLEESON M., GREENHAFF P. L. Bioquímica do exercício e do treinamento. São Paulo: Editora Malone, 2000, pg. 73.

CIOLAC Emmanuel G; GUIMARÃES Guilherme V. Exercício físico e síndrome metabólica. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, vol.10 no. 4 Niterói Julho/Agosto. 2004.

http://www.renatapacheco.com.br/artigos_textos/hipertensao_arterial

http://www.scielo.br/pdf/rsp/v43s2/ao791.pdf
           

Um comentário:

Ninha0708 disse...

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