20 de dez. de 2010

ESTRESSE!

Boa noite galera! O tema deste post é o estresse e sua relação com a hipertensão arterial.




Embora existam algumas evidências da relação entre a hipertensão e o estresse, não há nenhum estudo comprovado da relação direta entre eles. A bioquímica do estresse ainda é um tema novo e que está engatinhando no mundo científico.

Estresse pode ser definido como sendo a forma física e psicológica como o organismo reage a fatores que gerem respostas estimulantes, positivas ou negativas. De forma genética, é um conjunto de reação que acontecem no organismo decorrentes de estímulos ambientais, os agentes estressores. Dessa forma, o estresse é uma reação particular pois é dependente da forma como a pessoa se relaciona com o ambiente. É, portanto, uma situação natural e que traz benefícios , quando por período e em intensidade adequados, para a homeostase e para a sobrevivência, ao preparar o organismo para uma situação de “fuga ou luta”. O próprio Sistema Nervoso Simpático (SNS), uma “parte” do nosso sistema nervoso, prepara o organismo por meio do aumento da pressão arterial, da freqüência cardíaca e da respiração. No entanto, o estresse, quando persistente e exagerado, pode trazer prejuízos ao organismo.

O processo de estresse pode ser dividido em três fases: alarme, resistência e exaustão. A primeira fase está relacionada ao contato inicial do indivíduo com o agente estressor. A fase de resistência corresponde à fase em que o indivíduo, já tendo ocorrido o primeiro contato com o agente estressor, tenta recuperar o equilíbrio interno, o que pode ser atingido ou não. A terceira fase é atingida quando o indivíduo, depois de tentar restabelecer o equilíbrio interno, não consegue alcançá-lo, o que em geral se dá pela persistente presença do agente estressor. É na terceira fase que costumam aparecer as doenças cardiovasculares.

Nas últimas décadas, estudos identificaram que situações de estresse e ansiedade possuem a mesma influência sobre a hipertensão que o tabagismo ou altas taxas de colesterol e que é um fator de risco tão importante como os tradicionais fumo, álcool e sedentarismo. Outros fatores emocionais como personalidade, depressão e suporte social também estão relacionados com o aumento da pressão arterial. Nas diversas relações do indivíduo com a sociedade, fatores psicológicos, sociais, familiares, laborais ou econômicos podem atuar como fatores estressores.

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Estudos sobre estresse crônico sugerem que ele contribui negativamente para o surgimento ou agravamento da hipertensão pelo aumento da pressão arterial e de doenças cardiovasculares. Mas de que forma isso acontece?

A reação de estreses promove processos bioquímicos que terminam em sintomas e sinais e como taquicardia, sudorese excessiva, boca seca e tensão muscular. Estas características são comuns e aparecem em todas as pessoas submetidas a agentes estressores. No entanto, a medida que o estresse se torna fator de risco, as respostas que serão exibidas no decorrer da vida dependem da herança genética e da vulnerabilidade da pessoa, que está intimamente ligada ao modo de vida que ela leva. Situações de estresse excessivas envolvem ativações neuro-hormonais, fenômenos inflamatórios na parede vascular, lesão vascular e ativação da cascata de coagulação.

Mostrou-se, recentemente, por meio de estudos, que níveis elevados pra pressão arterial podem promover alterações estruturais no sistema vascular ao causar uma hipertrofia das camadas média e íntima dos vasos. Apesar de possuírem função protetora, essas alterações podem gerar, a longo prazo, uma sobrecarga no coração, que resulta em uma hipertrofia do ventrículo esquerdo. Essas alterações, em conjunto, tendem a elevar a pressão arterial e a gerar um círculo vicioso que pode culminar no surgimento da hipertensão arterial.

Há, ainda, a “hipótese da reatividade vascular”. Tal hipótese sugere que a forma como o indivíduo reage aos estímulos do agente estressor influencia no aparecimento das doenças vasculares. Assim, indivíduos que apresentam respostas cardiovasculares mais exageradas frente aos estímulos tendem a desencadear alterações fisiológicas e estruturais que favorecem o desenvolvimento da hipertensão arterial. Por outro lado, indivíduos que apresentem respostas cardiovasculares mais moderadas desencadeiam menos alterações e, dessa forma, diminui o risco de surgimento da hipertensão por fatores emocionais com o estresse.

(Se ele se relaciona assim com uma ordem DESSA, imagine como reage a outras situações estressantes? Oh my God!)

Portanto, fatores psicológicos e comportamentais também podem influir no surgimento da hipertensão. Dessa forma, aspectos emocionais também podem ser abordados no tratamento da doença. Ações que alterem esses fatores de forma positiva e significativa podem trazer benefícios durante o tratamento. Conclui-se, então, que o controle do estresse e mudanças na forma de vida são formas de tratamento não-farmacológico que, junto a outros tratamentos farmacológicos, influem de forma positiva na vida do indivíduo hipertenso.
Espero que tenham gostado do post e NÃO SE ESTRESSEM (;

Referências Bibliográficas

Postado por: Luísa Ferraço de Paula

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