12 de jan. de 2011

AVC

            Boa noite pessoal! Hoje nós temos um novo post e o tema desse é AVC. Bom, vamos lá!



             Acidente Vascular Cerebral (AVC),  Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou Derrame Cerebral, como é conhecido popularmente,  é a interrupção da irrigação sanguínea de alguma região do sistema nervoso, em geral do encéfalo, causando o fim da oxigenação e da nutrição da parte afetada. Essa falta de oxigênio e de nutrientes necessários ao bom funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC) acarretará na perda da funcionalidade das células nervosas, os neurônios.
            O AVC pode ter duas causas: isquemia cerebral ou hemorragia cerebral. A isquemia se refere a uma redução do fluxo sanguíneo para uma determinada área do corpo, no caso, para o cérebro. Já a hemorragia cerebral se refere à perda de sangue devido à ruptura de um vaso sanguíneo.



             O primeiro tipo de AVC, o isquêmico, ocorre devido à falta de irrigação sanguínea em determinada área cerebral, causando a morte do tecido nervoso. O segundo tipo de AVC, o hemorrágico, por sua vez, é menos frequente e se dá pela ruptura de uma artéria ou de uma veia intracranianas, podendo levar a formação de um coágulo que interrompa o fluxo sanguíneo.



            Os sintomas e as sequelas do derrame cerebral podem ser as mais diversas, dependendo da área que foi afetada. Os locais mais afetados pelo AVC isquêmico são a artéria cerebral média e artéria cerebral anterior. Aquele causa, predominantemente, a paralisia de apenas um dos lados da face ou de um dos membros superiores. Já a obstrução a artéria cerebral anterior costuma causar a paralisia de um dos membros inferiores. O AVC hemorrágico costuma acontecer em vasos diferentes daqueles em que ocorrem o AVC isquêmico, como em locais onde as artérias são mais susceptíveis à ruptura, como, por exemplo, nas bifurcações.
            O encéfalo é, geralmente, o local que mais rapidamente e intensamente sofre as consequências do AVC. Isso por que é uma região com alta taxa de atividade metabólica e que depende, então, de irrigação sanguínea constante. Por controlar todas as funções do metabolismo corporal, o AVC apresenta altos níveis de óbito e de sequelas graves.
            O AVC hemorrágico é altamente fatal e, quando não ocasiona a morte do paciente, costuma deixar sequelas graves e incapacitantes.
            O melhor tratamento para o derrame cerebral é a prevenção. Isto por que costuma ser uma doença silenciosa e, quando aparecem os sintomas, a situação já é muito grave e o tratamento sintomático é preferencial. Há, para o acontecimento de um AVC, fatores de risco que aumentam a probabilidade de que esse aconteça. Entre esses fatores temos: hipertensão, aterosclerose, diabetes mellitus, hipercolesterolemia (níveis altos de colesterol), tabagismo e outras doenças cardiovasculares. Usa-se, atualmente, trombolíticos para o tratamento durante a fase aguda do AVC isquêmico. Trombolíticos são medicamentos utilizados no tratamento de trombos pois dissolve a rede de fibrina e, logo, os trombos. O tratamento do AVC hemorrágico, por sua vez, é mais complicado. Quando viável, costuma-se intervir cirurgicamente na região afetada pela hemorragia, dando fim à essa.. No entanto, nem sempre essa área é acessível e, nesses casos, costuma-se tratar a hipertensão craniana com suporte clínico e, em casos mais graves, com a craniotomia, que é a abertura do crânio.
            O AVC, quando não leva o paciente a óbito, acarreta em grandes gastos financeiros para a família, pois o tratamento específico, a reabilitação e a readaptação do paciente geram gastos muito elevados.


            O principal fator de risco para o ocasionamento de um derrame cerebral é a hipertensão, chegando a estar presente em 80% dos casos de derrame cerebral. Isto por que a hipertensão pode causar diversos outros problemas cardiovasculares, que também são fatores de risco para o derrame cerebral. O risco de uma pessoa hipertensa desenvolver um AVC é quase 5 vezes maior do que uma pessoa normotensa. Se a hipertensão estiver associada a obesidade, alto consumo de sal, tabaco ou álcool, a chace de ocorrer um derrame cerebral é ainda maior. Quando a hipertensão está devidamente controlada, as taxas de incidência do derrame cerebral diminuem consideravelmente.
            Curiosamente, é bom que os fatores de risco para o AVC sejam hipertensão, hipercolesterolemia, tabagismo, álcool e obesidade. Isto pois são todos fatores que podem ser controlados e/ou revertidos. No entanto, tal fato só pode ser aproveitado quando houver estratégias para se levar uma vida saudável.


            Felizmente, têm-se notado uma redução no número de casos de AVC no mundo. Acredita-se que isso se deve ao melhor controle da hipertensão arterial que vêm acontecendo em todo o mundo, assim como pesquisas apontam também a redução do nível de colesterol sanguíneo e da prevalência do hábito de fumar.
            Logo, vê-se que que a hipertensão está intimamente relacionada ao surgimento de um derrame cerebral. A detecção e controle da hipertensão, então, é um ponto fundamental de qualquer programa de prevenção. Estes, devem ser realizados de todas as formas possíveis por serem a principal forma de atuação que reduza o número de  casos de derrame cerebral.

            Bom, espero que tenham aproveitado e, qualquer dúvida, é só nos procurar. Cruj Cruj, Tchau!

Referência Bibliográficas

NETO, José Eluf; LOTUFO, Paulo Andrade e DE LÓLIO, Cecília Amaro. Tratamento da Hipertensão e Declínio da Mortalidade por Acidentes Vasculares Cerebrais.





Postado por: Luísa Ferraço de Paula

6 comentários:

Anônimo disse...

Infelizmente hoje dia 18 de janeiro de 2012, descobri a grande importância de realmente conhecer a fundo o que realmente é um AVC.
Minha avó de 72 anos encontra-se extremamente mal descobrimos que ela sofreu um avc, e encontra-se muito mal no hospital, as informações são muito boas para conhecimento geral!
Parabéns pelo trabalho de vocês terem exposto as informações na "Net".
Michele Sheila.

Juciele disse...

As informaçoes postadas neste blog sobre avc são de extrema importancia diante deste problema tão sério que age em silêncio.
A cabei de perder uma tia querida que sofreu um avc, hoje so me resta procurar informaçoes para tentar entender o que fez com que uma mulher nova perdesse sua vida.

Anônimo disse...

Juliana C. hj

dia 02/03/2012

Minha avó caiu bateu a cabeça e desmaiou, logo em seguida nao consegui falar. Foi encaminhada ao hospital e os medicos informam que seja um AVC no qual Os locais mais afetados pelo AVC isquêmico são a artéria cerebral média e artéria cerebral anterior. Causada,pela a paralisia de apenas um dos lados da face ou de um dos membros superiores, no qual a pode acontecer niveis mt graves de vida. Me ajudem...!!!! Est de Enfermagem/ Juliana C.

ELIENI CARDOSO disse...

OLA MEU NOME ELIENI ACABEI DE PERDER MINHA QUERIDA MAE ELA TINHA 44 ANOS DIA 29/07/2012 4 HORAS DA MANHA ME PEDIU SOCORRO CHAMEI O SAMU LEVARAM PARA O POSTO 24 HORAS DO CAMPO COMPRIDO LA O DR DISSE QUE OQUE MINHA MAE TINHA ERA UMA CRISE DE ANSIEDADE E NAO FAZIA NADA PARA AJUDAR FICOU TRES DIAS ALI SO TOMANDO REMEDIOS PRA DORMIR ESPERANDO NA FILA PARA SER TRASFERIDAFICOU NO EVANGELICO 8 DIAS E ESTAVA BEM FICOU EM CASA 3 E LOGO DEU OUTRO QUE FOI FATAL PERDI MINHA MAE SEM SABER A GRAVIDADE QUE E O AVC ESQUEMICO

Anônimo disse...

Perdi meu pai no inicio de 2012 ele estava viajando com meu tio de carro ele passou mal meu tio levou ele no pronto socorro e o médico teve a capacidade de dizer q ele não tinha nada estava apenas dopado por ter tomado boa noite sinderela meu pai nao resistiu 14 dias depois já em casa sofreu outro ataque foi para o ospital (médicos de greve) ficou uma semana não adentrou na uti porque estava lotada não resistiu e se foi. A unica coisa que me resta é a indignação com nossa saúde pagamos todos impostos não temos retorno meu pai morreu como um cachorro largado em um leito.eu sei que ele foi só mais um mas até quando vai ser assim quantos cidadãos de bem teremos que perder pra isso mudar ACORDA BRASIL!!!!!

JUSTO F. MELO disse...

Tive um AVC no dia 24/12/2012, apesar e estar apenas com a boca um pouco torta, só fui para o hospital no dia 26/12/2012, onde logo o médico diagnosticou como sendo um possivel AVC ou um tumor muito grande, fiz 4 tomografias e uma ressonancia magnetica e só ai se confirmou o AVC, tive alta 20 dias depois, não fiquei com nenhuma sequela, o médico extranha por que um homem de 54anos, magro teve AVC. Meu ano de 2012 foi muito tenso, separação da familia, muito extres onde minha pressão chegava facilmente a 19 por 15,vivo muito tenso e sei que a próxima vai ser fatal.