17 de jan. de 2011

Aliando saúde ao prazer!

Olá blogueiros queridos,

            O post de hoje vai falar sobre o vinho. Há registros dessa bebida que remetem ao ano 6000 a.C. e pelo visto a história dela está longe de acabar. Mas qual é a relação do vinho com os hipertensos?



            Ainda não estão definidos com precisão os componentes do vinho que fazem dele um protetor do coração. Acredita-se que sua grande importância para hipertensos esteja relacionada a dois componentes: álcool e flavonoides. Os efeitos do álcool diferem para cada pessoa e não há um consenso entre os estudiosos sobre a quantidade de consumo que é aceitável, como já foi explicado no post de álcool. Portanto, vamos comentar agora um pouco sobre os flavonóides.
            Os flavonóides compõem uma ampla classe de substâncias de origem natural, cuja síntese não ocorre na espécie humana. Entretanto, tais compostos possuem uma série de propriedades farmacológicas que os fazem atuar sobre os diversos sistemas biológicos. Do ponto de vista químico, os flavonóides são polifenóis que apresentam a seguinte estrutura básica:  

Já foram identificadas mais de 8.000 substâncias pertencentes a este grupo. O poder dos flavonóides em conter a pressão sanguínea e dar proteção contra doenças vasculares deve estar relacionado ao seu poder antioxidante.
            Os flavonóides são bons antioxidantes por dois aspectos: reduzir os níveis de colesterol LDL oxidado pelos radicais livres e ajudam na reposição de antioxidantes primários.
Lipoproteínas de baixa densidade (LDL) podem ser modificadas por radicais livres que oxidam os ácidos graxos poliinsaturados na molécula de LDL. LDLs modificadas são facilmente absorvidas por macrófagos e tornam-se tóxicas para o endotélio dos vasos sangüíneos. A redução ocorre pela neutralização dos radicais livres presentes no corpo, que ocorre pela doação de hidrogênio dos compostos fenólicos aos radicais livres, que tornam-se inertes. Os flavonóides também podem atuar como protetores e regeneradores dos antioxidantes primários do organismo, como o ácido ascórbico (vitamina C), o tocoferol (vitamina E) e o β-caroteno (vitamina A).
Os flavonóides também diminuem a formação de trombos (trombose) pela coagulação e a arterosclerose. Tem sido estudada sua atividade inibitória da lipo-oxigenase e da ciclo-oxigenase, levando a uma diminuição da agregação de plaquetas e uma redução da tendência à trombose. Isso aliado ao bloqueio da oxidação da LDL pode diminuir a formação de placas ateroscleróticas, que provocam o espessamento e perda de elasticidade da parede arterial. Portanto, as artérias ficaram mais susceptíveis aos estímulos externos.
            Como os flavonóides também estão presentes em outras frutas e no suco de uva, há uma grande discussão sobre qual bebida é mais benéfica e se esse é realmente o composto benéfico ao coração.
Por mais que tomar vinho seja uma atividade prazerosa, se você tiver ou conhecer alguém com algum problema vascular ou hipertensão diga a ele para conversar com o médico sobre a situação e sempre preferir a moderação!



Postado por Natacha Amorim

Referência bibliografica:
http://artigocientifico.uol.com.br/uploads/artc_1189124935_21.pdf
http://www.incor.usp.br/conteudo-medico/geral/vinho%20e%20o%20coracao.html
http://quimicadealimentos.files.wordpress.com/2009/08/antioxidantes-do-chocolate-amargo-e-do-vinho-tinto.pdf
http://www.revista-fi.com/materias/83.pdf
http://www.uvibra.com.br/vinhoesaude_28.htm
http://www.vidaintegral.com.br/belezasaude/prevencao/sucodeuva.php

            

13 de jan. de 2011

Retrospectiva de ações!


Olá queridos blogueiros,

Aproveitando esse clima de ano novo façamos uma retrospectiva de algumas campanhas que aconteceram em 2010 para conscientizar a população a respeito da hipertensão e que não devem ser esquecidas. Em abril de 2010, o Ministério da saúde lançou a Campanha de Prevenção e Controle da Hipertensão que contava com folder, filme, jingle e cartazes. A campanha foi veiculada entre os dias 26/04 e 30/04. Por mais que não esteja sendo mais divulgada, ela serviu para apresentar com muita força a campanha criada pela Sociedade Brasileira de Cardiologia: Eu sou 12 por 8. É uma campanha ativa que conta com a participação de vários especialistas e recebe apoio de várias pessoas, inclusive do meio artístico. Pelo site, qualquer pessoa tem acesso ao material de conscientização. Não é porque 2010 acabou que as boas ideias devam ser esquecidas! Viva 2011 com saúde!

Aqui está um exemplo do material divulgado pelo Ministério da Saúde, o resto do material se encontra em:
Se você quiser participar ativamente ou obter mais informações, acesse: http://www.eusou12por8.com.br/

12 de jan. de 2011

AVC

            Boa noite pessoal! Hoje nós temos um novo post e o tema desse é AVC. Bom, vamos lá!



             Acidente Vascular Cerebral (AVC),  Acidente Vascular Encefálico (AVE) ou Derrame Cerebral, como é conhecido popularmente,  é a interrupção da irrigação sanguínea de alguma região do sistema nervoso, em geral do encéfalo, causando o fim da oxigenação e da nutrição da parte afetada. Essa falta de oxigênio e de nutrientes necessários ao bom funcionamento do Sistema Nervoso Central (SNC) acarretará na perda da funcionalidade das células nervosas, os neurônios.
            O AVC pode ter duas causas: isquemia cerebral ou hemorragia cerebral. A isquemia se refere a uma redução do fluxo sanguíneo para uma determinada área do corpo, no caso, para o cérebro. Já a hemorragia cerebral se refere à perda de sangue devido à ruptura de um vaso sanguíneo.



             O primeiro tipo de AVC, o isquêmico, ocorre devido à falta de irrigação sanguínea em determinada área cerebral, causando a morte do tecido nervoso. O segundo tipo de AVC, o hemorrágico, por sua vez, é menos frequente e se dá pela ruptura de uma artéria ou de uma veia intracranianas, podendo levar a formação de um coágulo que interrompa o fluxo sanguíneo.



            Os sintomas e as sequelas do derrame cerebral podem ser as mais diversas, dependendo da área que foi afetada. Os locais mais afetados pelo AVC isquêmico são a artéria cerebral média e artéria cerebral anterior. Aquele causa, predominantemente, a paralisia de apenas um dos lados da face ou de um dos membros superiores. Já a obstrução a artéria cerebral anterior costuma causar a paralisia de um dos membros inferiores. O AVC hemorrágico costuma acontecer em vasos diferentes daqueles em que ocorrem o AVC isquêmico, como em locais onde as artérias são mais susceptíveis à ruptura, como, por exemplo, nas bifurcações.
            O encéfalo é, geralmente, o local que mais rapidamente e intensamente sofre as consequências do AVC. Isso por que é uma região com alta taxa de atividade metabólica e que depende, então, de irrigação sanguínea constante. Por controlar todas as funções do metabolismo corporal, o AVC apresenta altos níveis de óbito e de sequelas graves.
            O AVC hemorrágico é altamente fatal e, quando não ocasiona a morte do paciente, costuma deixar sequelas graves e incapacitantes.
            O melhor tratamento para o derrame cerebral é a prevenção. Isto por que costuma ser uma doença silenciosa e, quando aparecem os sintomas, a situação já é muito grave e o tratamento sintomático é preferencial. Há, para o acontecimento de um AVC, fatores de risco que aumentam a probabilidade de que esse aconteça. Entre esses fatores temos: hipertensão, aterosclerose, diabetes mellitus, hipercolesterolemia (níveis altos de colesterol), tabagismo e outras doenças cardiovasculares. Usa-se, atualmente, trombolíticos para o tratamento durante a fase aguda do AVC isquêmico. Trombolíticos são medicamentos utilizados no tratamento de trombos pois dissolve a rede de fibrina e, logo, os trombos. O tratamento do AVC hemorrágico, por sua vez, é mais complicado. Quando viável, costuma-se intervir cirurgicamente na região afetada pela hemorragia, dando fim à essa.. No entanto, nem sempre essa área é acessível e, nesses casos, costuma-se tratar a hipertensão craniana com suporte clínico e, em casos mais graves, com a craniotomia, que é a abertura do crânio.
            O AVC, quando não leva o paciente a óbito, acarreta em grandes gastos financeiros para a família, pois o tratamento específico, a reabilitação e a readaptação do paciente geram gastos muito elevados.


            O principal fator de risco para o ocasionamento de um derrame cerebral é a hipertensão, chegando a estar presente em 80% dos casos de derrame cerebral. Isto por que a hipertensão pode causar diversos outros problemas cardiovasculares, que também são fatores de risco para o derrame cerebral. O risco de uma pessoa hipertensa desenvolver um AVC é quase 5 vezes maior do que uma pessoa normotensa. Se a hipertensão estiver associada a obesidade, alto consumo de sal, tabaco ou álcool, a chace de ocorrer um derrame cerebral é ainda maior. Quando a hipertensão está devidamente controlada, as taxas de incidência do derrame cerebral diminuem consideravelmente.
            Curiosamente, é bom que os fatores de risco para o AVC sejam hipertensão, hipercolesterolemia, tabagismo, álcool e obesidade. Isto pois são todos fatores que podem ser controlados e/ou revertidos. No entanto, tal fato só pode ser aproveitado quando houver estratégias para se levar uma vida saudável.


            Felizmente, têm-se notado uma redução no número de casos de AVC no mundo. Acredita-se que isso se deve ao melhor controle da hipertensão arterial que vêm acontecendo em todo o mundo, assim como pesquisas apontam também a redução do nível de colesterol sanguíneo e da prevalência do hábito de fumar.
            Logo, vê-se que que a hipertensão está intimamente relacionada ao surgimento de um derrame cerebral. A detecção e controle da hipertensão, então, é um ponto fundamental de qualquer programa de prevenção. Estes, devem ser realizados de todas as formas possíveis por serem a principal forma de atuação que reduza o número de  casos de derrame cerebral.

            Bom, espero que tenham aproveitado e, qualquer dúvida, é só nos procurar. Cruj Cruj, Tchau!

Referência Bibliográficas

NETO, José Eluf; LOTUFO, Paulo Andrade e DE LÓLIO, Cecília Amaro. Tratamento da Hipertensão e Declínio da Mortalidade por Acidentes Vasculares Cerebrais.





Postado por: Luísa Ferraço de Paula

Aspirina

        A aspirina teve suas aplicações inicialmente descobertas empiricamente há mais de cem anos, quando se tinha conhecimento apenas de sua capacidade analgésica e antiinflamatória. Desde então, teve suas propriedades incontavelmente pesquisadas. Hoje, tem-se conhecimento de inúmeras prorpiedades desse fármaco, inclusive relacionadas a doenças cardíacas e circulatórias. Ele pode ser usado para a diminuição da pressão arterial (por meio da vasodilatação) e para inibir a agregação plaquetária, sendo indicado seu uso diário por pessoas com angina no peito instável (dor no peito causada pela má circulação do sangue nas artérias coronárias), que sofreram infarto agudo do miocárdio (prevenção de reinfarto), após cirurgias e intervenções nas artérias (como ponte de safena), para evitar a ocorrência de disturbios transitórios da circulação cerebral (ataque de isquemia cerebral transitória) e de infarto  cerebral após as primeiras manifestações (paralisia transitória da face ou dos músculos dos braços ou perda da visão).

        Sua propriedade de inibir a agregação plaquetária e promover vasodilatação provém da capacidade do ácido acetilsalicílico (AAS), após ser transformado em seu principal metabólito ativo, o ácido salicílico, de inibir irreversivelmente a síntese de enzimas COX.
COX existe como duas isoformas, COX-1 e COX-2, que são responsáveis pela conversão do ácido araquidônico, um ácido graxo derivado de fosfolipídios da membrana, para tromboxano A, (PA2) e prostaglandina I (PGI-2, também conhecida como prostaciclina).
         A produção de PGI-2 é mais afetada pela inibição de COX-2, ocorre principalmente em células endoteliais que revestem a parece dos vasos sanguíneos e tem funçção vasodilatadora e de inibir a agregação plaquetária. Já o TXA-2 é mais afetado pela inibição de COX-1, produzido principalmente pelas plaquetas e é um potente mediador da agregação plaquetária e de vasoconstrição. Como a enzima COX-I (plaquetas) parece ser mais sensível à inibição por doses baixas de ácido acetilsalicílico do que a COX-2 (endotélio vascular), o ácido acetilsalicílico inibe a síntese de TXA-2 mais intensamente que a de PGI-2, cujos efeitos acabam sobressaindo sobre os do TXA-2. É devida a isso sua capacidade de evitar hipertensão e formação de trmbos e coágulos no sangue.
             
          Além disso, o ácido acetilsalicílico se liga irreversivelmente ao centro ativo da COX e impede que as plaquetas existentes sejam capazes de produzir mais TXA-2 para o resto de suas vidas (7-10 dias). Assim, quando o tratamento com AAS é interrompido e novas plaquetas vão sendo produzidas, o centro ativo da COX volta a atuar, e com isso a agregação plaquetária e a capacidade de vasoconstrição (fator de aumento da pressão arterial) são rapidamente restaurados. É por isso que pessoas com as enfermidades acima citadas devem ingerir o medicamento diariamente, desde que ocorra sob orientação médica.
           Isso mostra uma pequena parte da capacidade de ação da aspirina, à qual se soma a vantagem do medicamento comprovadamente não apresentar potencial mutagênico ou carcinogênico, sendo, porttanto, um medicamento seguro de ser ingerido caso a pessoa não seja alérgica, esteja grávida ou desrespeite os casos de contra indicação. Por isso a aspirina é considerada por muitos o fármaco mais importante de nossa época, além de ser o mais estudado deles!


           Postado por Bruna.
           Referências bibliográficas:
          http://www.pharmapaedia.info/index.php?title=Acetylsalicylic_acid
          http://www.pdamed.com.br/diciomed/pdamed_0001_16339.php
          http://www.bulas.med.br/p/tromboxano+a2-74782,4.html
          http://www.medicamentobrasil.com.br/produtos_descricao_bulario.asp?codigo_bulario=6199
          http://www.scielo.br/scielo.php?pid=S0482-50042005000300007&script=sci_abstract&tlng=pt
     

9 de jan. de 2011

Varizes

As varizes são veias superficiais dilatadas que causam  alteração funcional na circulação venosa do organismo, são encontradas de diversos tamanhos tanto grandes, médias e pequenas. Seu nome vem do latim Varix, que significa serpente. As varizes atingem as veias superficiais que são subcutâneas e estão na camada de gordura, podendo assim ser visíveis.
Mas o que causa essas varizes?  Então, como sabemos as artérias são aquelas que trazem sangue oxigenado do coração para o corpo e as veias retornam esse sangue ao coração. Mas, e aquele sangue que foi levado para nossa perna e pé; como ele volta? Há certa dificuldade nessa volta, pois a gravidade não colabora, já que o fluxo é contrário a ela;  mas existem válvulas  (pequenas formações saculares dentro das veias)  não permitindo o refluxo de sangue, fazendo que o sangue retorne no momento certo; entretanto, com o passar do tempo alguns fatores  determinam o mal funcionamento dessas válvulas, como a idade. Ou devido a fatores hereditários elas podem perder sua elasticidade. Essas veias podem sofrer dilatação e essas válvulas não se fecham mais, permitindo o refluxo de sangue e o seu acúmulo dentro da veia, causando mais dilatação e mais refluxo e assim mais varizes.
Uma das coisas que aumentam a eficiência desse retorno venoso é a caminhada, pois ao caminhar ativamos duas bombas importantes para o retorno venoso,  ao pisarmos durante uma caminhada, a bomba plantar bombeia o sangue que está acumulado nos pés e a contração dos músculos da batata da perna  ativa a bomba muscular da panturrilha.
Calcula-se que 18% da população adulta têm varizes e não ocorre apenas em mulheres. Devido aos hormônios femininos, principalmente a progesterona que favorece a dilatação das veias, as mulheres são mais propensas a apresentarem as varizes, mas também há casos de homens que apresentam esse problema.  Entre as causas tem principalmente a hereditariedade, mas a idade, obesidade, traumatismo na perna, temperatura, tabagismo, gravidez, sedentarismo, reposição hormonal, hábitos alimentares também  causam as varizes.
As complicações decorrentes das varizes são várias se não forem tratadas de maneira adequada. O acúmulo de sangue em certas regiões faz com que a oxigenação e nutrição dos tecidos e músculos sejam atingidas causando edemas, prurido, escurecimento da pele, úlceras, hemorragias.
 E o tratamento tem-se do mais simples ao mais complicado. A escleroterapia química é um tratamento por meio de remédios que são injetados na veia expulsando o sangue para veia normal. Esse tratamento é mais simples, mas é feito apenas em casos de microvarizes. Existe também uma cirurgia que é feita hoje e tem se tornado menos invasiva, nela é retirada a veia com problema já que não traz nenhum dano grave à circulação, pois as veias profundas conseguem garantir o fluxo sanguíneo normal. Normalmente, os tratamentos feitos com laser escleroterapia são realizados junto com a injeção, e o laser endovenoso é uma técnica experimental em que é colocado um cateter na veia destruindo-a pelo calor.



Postado por Rebeca Moreira Salgado

Referências Bibliográficas


5 de jan. de 2011

Remédios, atividade sexual e saúde vascular

Oi, leitores, aqui é o Guilherme e o post de hoje discute as relações entre fármacos anti-hipertensivos e atividade sexual, além de trazer informações sobre o viagra.

As doenças cardiovasculares interferem na atividade sexual dos pacientes e na vasta maioria das vezes atua como um fator complicador. Isto tem sido observado basicamente
por duas razões principais:

1) pelo diagnóstico cardíaco e todas as implicações psicológicas que tal "marca" acarreta, como ansiedade, medo da morte, restrição na atividade física;
2) a necessidade do uso de diversos fármacos capazes de produzir efeitos adversos que prejudicam a performance sexual (especialmente pelo desencadeamento de disfunção erétil e/ou perda da libido).
A maior longevidade proporcionada pela medicina envolve o uso de remédios para controle de quadros crônicos em idosos, entre eles a hipertensão. Ainda que haja um declínio da taxa de hormônios sexuais com o avanço da idade, já foram detectados efeitos colaterais de fármacos anti-hipertensivos sobre o desempenho sexual de pacientes, em especial os homens.
A ereção peniana é viabilizada pelo maior fluxo sanguíneo no tecido esponjoso, o que significa que é necessário ter pressão arterial e/ou frequência cardíaca relativamente altos. O sistema parassimpático libera neuromediadores que relaxam estas células, permitindo a ereção.


Viagra: risco à saúde vascular?

Praticamente todas as classes de fármacos usados no tratamento das doenças cardiovasculares podem causar alterações na atividade sexual e um percentual não desprezível dos distúrbios sexuais podem ser causados pelas drogas usadas. Os fármacos que mais comumente causam disfunções sexuais são os anti-hipertensivos e os diuréticos.
Por outro lado, algumas medicações que são relacionadas aos "distúrbios sexuais iatrogênicos" também podem facilitar a vida sexual dos cardiopatas. O uso de beta-bloqueador, por exemplo, aboliu sintomas de angina em 65% dos pacientes com angina estável que relataram dor durante a atividade sexual.
Uma diminuição excessiva na PA (pressão arterial) pode produzir isquemia de grande magnitude e infarto. Não há evidência de que os inibidores da fosfodiesterase 5 (enzima que hidrolisa o cGMP, um agente que aumenta o fluxo sanguíneo) aumentem o risco de IAM (infarto agudo do miocárdio), embora evidências suficientes sugiram que há um pequeno aumento no risco relatado à atividade sexual (tais fármacos aumentariam o risco de evento por sua ação indireta, já que ao proporcionarem a ereção, expõem o homem à atividade sexual).
O Sildenafil é um inibidor oral da fosfodiesterase que aumenta a função erétil (presente no Viagra), tendo sido o precursor da classe. Para funcionar, o sildenafil requer libido preservada e estimulação sexual, associação que resulta na liberação de óxido nítrico no corpo cavernoso do pênis, estimulando a guanilato ciclase com a formação subseqüente de guanosina monofostato ciclica (cGMP), substância que leva ao relaxamento da musculatura lisa nas artérias, arteríolas e sinusóides do corpo cavernoso. Desta forma, ocorre o aumento de fluxo sangüíneo e a ereção (na região urogenital a fosfodiesterase 5 é a enzima mais presente).


Referências bibliográficas

http://jama.ama-assn.org/content/275/18/1405.abstract

http://hyper.ahajournals.org/cgi/content/abstract/hypertensionaha;29/1/8

http://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC1971011/

http://www.fac.org.ar/ccvc/llave/c049/stein.php

http://www.springerlink.com/content/c6642231103k24m1/